Quando tinha 8 anos, meu pai trabalhava com transporte.Um dia aconteceu um acidente com ele.
Numa sexta-feira tinha ido trabalhar e eu à escola.
Quando cheguei em casa fui almoçar, papai não tinha chegado, era duas horas da tarde e ainda não estava em casa. Minha mãe ficou preocupada, ligou para ele, mas o celular estava fora de área. O tempo passou, já eram sete horas e trinta minutos da noite e nada, estava assistindo televisão, quando começou o jornal da RBS. Passou sobre um acidente envolvendo um caminhão, um ônibus e um carro. A mulher que apresentava o jornal disse que a pessoa que dirigia o carro de marca Kadet furou o sinal vermelho e bateu em outro veículo, depois no ônibus e morreu. O caminhão era da firma que meu pai trabalhava. Eu nem dei importância, passando-se algumas horas chegou todo machucado e com um dos braços deslocado.
Depois que ele chegou deu mais detalhes, disse que estavam em três, o motorista, meu pai e o ajudante. A porta do ajudante se abriu com a batida, o mesmo foi arremessado para fora, mas meu pai segurou-o com tanta força que acabou deslocando o braço. Também disse que o motorista do carro furou o sinal, bateu no caminhão e depois no ônibus, ligaram para os para-médicos que levaram todos para o hospital.
Após pouco tempo o chefe do meu pai foi buscá-lo no hospital, depois de alguns dias ninguém se lembrava do acidente. Após um ano meu pai foi promovido a conferente, só trabalha de noite. Eles se recuperaram e vivem tranquilos.
Eduardo Machado
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